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Faixas arrancadas no campus de Cascavel expõem ataque à liberdade de expressão sindical

Adunioeste denuncia retirada sistemática de materiais com pautas docentes e cobra responsabilização por atos antidemocráticos
25 de Julho de 2025 às 18:00

A Adunioeste (Sindicato dos Docentes da Unioeste) divulgou nesta quinta-feira (25) uma nota pública denunciando a retirada sistemática de faixas afixadas no campus de Cascavel da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Segundo o sindicato, os materiais continham reivindicações legítimas da categoria docente, como a realização de concurso público e a reposição salarial, e estavam sendo arrancados pouco tempo após serem colocados.

O episódio mais recente ocorreu na quarta-feira (23), quando uma faixa com os dizeres “Concurso público já! A LGU está matando a Unioeste” foi removida poucas horas depois de ser instalada. A peça fazia parte de uma série de ações aprovadas em assembleia pelos docentes como forma de mobilização contra os efeitos da Lei Geral das Universidades (LGU), considerada por professores como um instrumento de precarização do trabalho e de esvaziamento da autonomia universitária.

Na nota, a Adunioeste classifica a situação como “inadmissível” e alega que a prática configura um cerceamento ao direito de expressão sindical, direito esse exercido há décadas dentro da instituição sem registro de constrangimentos. O sindicato afirma ainda que a retirada das faixas é um ataque à democracia e exige providências imediatas.

“A autonomia, independência e livre exercício da expressão e das manifestações são pilares da democracia. Esses princípios estão sendo violados quando faixas com pautas legítimas da categoria são arrancadas de forma sistemática”, diz trecho do comunicado.

A coordenação de segurança do campus já foi comunicada sobre os episódios. O sindicato informou que novas faixas foram encomendadas e que continuará denunciando publicamente os ataques, ao mesmo tempo em que reforça o apelo à comunidade acadêmica para que colabore na identificação dos responsáveis pelas atitudes classificadas como antidemocráticas.

A Adunioeste também pede que estudantes, técnicos e demais docentes denunciem qualquer novo episódio de censura ou destruição de materiais sindicais. "Seguiremos firmes na luta", finaliza a nota.