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Adunioeste reforça mobilização docente e cobra valorização da categoria

Informativo alerta para os desafios enfrentados pelos docentes e reforça a importância da luta coletiva para garantir melhores condições de trabalho, reajuste salarial e respeito à autonomia universitária
8 de Março de 2025 às 12:34

A Adunioeste divulgou, neste sábado (8 de março), o Informativo 01/25, conclamando os professores da universidade a se mobilizarem em defesa da valorização da categoria e da universidade pública. O documento alerta para os desafios enfrentados pelos docentes e reforça a importância da luta coletiva para garantir melhores condições de trabalho, reajuste salarial e respeito à autonomia universitária.

Com o tema "Mobilização e Luta: Caminhos para a Valorização Docente e a Defesa da Universidade Pública", o informativo destaca que os docentes enfrentam uma conjuntura preocupante, marcada pela falta de recomposição salarial, sobrecarga de trabalho e ameaças à gestão democrática das universidades estaduais do Paraná. Diante desse cenário, a entidade convoca a categoria a fortalecer a mobilização sindical e participar ativamente das ações do movimento docente.

Defasagem salarial e perda de poder de compra

Um dos principais pontos abordados pelo informativo é a defasagem salarial da categoria. Nos últimos anos, os docentes da Unioeste acumularam perdas inflacionárias significativas, sem a devida recomposição salarial. O congelamento dos salários, aliado ao aumento do custo de vida, tem levado professores a uma realidade de perda de poder de compra e precarização das condições de trabalho.

A Adunioeste reforça que a luta pelo reajuste salarial é uma pauta urgente e inegociável. O sindicato vem pressionando o governo estadual para que haja a recomposição das perdas e o estabelecimento de uma política salarial justa e permanente. No entanto, o avanço dessa pauta depende diretamente da mobilização da categoria, que precisa se fazer presente nas assembleias e mobilizações promovidas pelo movimento docente.

Sobrecarga de trabalho e condições precárias

Outro ponto crítico levantado pelo informativo é a sobrecarga de trabalho enfrentada pelos docentes. Com um número reduzido de professores efetivos e a falta de concursos públicos, muitos profissionais estão assumindo um volume excessivo de disciplinas e orientações, comprometendo a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão.

Além disso, a infraestrutura das universidades estaduais também tem sido um fator de preocupação. Salas de aula com problemas estruturais, equipamentos defasados e falta de suporte técnico dificultam o trabalho dos docentes e prejudicam a experiência acadêmica dos estudantes. A Adunioeste alerta que, sem investimento adequado, a universidade pública corre o risco de se tornar inviável para muitos docentes e alunos.

Autonomia universitária sob ameaça

A luta em defesa da autonomia universitária também foi enfatizada pela Adunioeste no informativo. A entidade denuncia tentativas de interferência política na gestão das universidades estaduais do Paraná, o que compromete a democracia interna e a liberdade acadêmica.

A escolha de reitores, a distribuição de recursos e a formulação de políticas institucionais devem ser feitas com base em critérios acadêmicos e administrativos, e não sob influência de interesses externos. A Adunioeste reitera que a comunidade acadêmica precisa se manter vigilante e reagir contra qualquer tentativa de controle político sobre a universidade pública.

A importância da filiação e da mobilização coletiva

Diante desses desafios, a Adunioeste reforça a necessidade de fortalecer a organização sindical. O informativo convoca os docentes a se filiarem ao sindicato e participarem das assembleias e mobilizações, pois é a unidade da categoria que garante avanços concretos nas pautas de valorização profissional e defesa da universidade pública.

O sindicato destaca que os ataques à educação pública só poderão ser enfrentados com uma categoria mobilizada e engajada. "Juntos somos mais fortes" é a mensagem central do informativo, que alerta para a importância da participação ativa dos docentes na luta coletiva.