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Universidades estaduais do Paraná cobram cumprimento de data-base e defasagem salarial

Representantes das sete universidades estaduais paranaenses - de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), Centro Oeste do Paraná (Unicentro), Norte do Paraná (Uenp) e Estadual do Paraná (Unespar) – participaram de audiência pública no último dia 9 de julho, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
16 de Julho de 2024 às 16:00

Representantes das sete universidades estaduais paranaenses - de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), Centro Oeste do Paraná (Unicentro), Norte do Paraná (Uenp) e Estadual do Paraná (Unespar) – participaram de audiência pública no último dia 9 de julho, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A atividade cobrou o cumprimento da data-base pelo governo de Ratinho Júnior (PSD) e a valorização do funcionalismo paranaense. A audiência foi organizada pelo Fórum das Entidades Sindicais (FES), contou com a presença de outras categorias e da bancada de oposição.

O 1º vice-presidente da Regional Sul do ANDES-SN, Gilberto Calil, explica que no estado do Paraná existe uma lei da data-base, a qual obriga o governo a anunciar um índice de reposição anualmente, em 1º de maio. “O governador Ratinho Júnior não cumpriu essa lei neste ano, como não vem cumprindo nos últimos anos, e a defasagem salarial no dia 1º de maio estava acumulada em 39,56%. Então, essa é uma reivindicação do conjunto dos servidores públicos do estado do Paraná”, destacou.

De acordo com Calil, a audiência foi de mobilização, de denúncia do descumprimento da lei, do não pagamento da data-base e do percentual de acumulado que o governo deve aos servidores e às servidoras do estado. “Estamos propondo, às assembleias de base, a realização de uma paralisação das e dos docentes das universidades estaduais no dia 1º de agosto, como parte do processo de mobilização pelo pagamento da data-base”, informou.

Para o diretor do Sindicato Nacional, não é uma questão de sensibilização, mas sim de pressionar pelo cumprimento da legislação. Ele destacou que, infelizmente, as condições de judicialização não são as mesmas de 2017. “Contamos, fundamentalmente, com a nossa luta. Nas universidades estaduais de cinco estados ocorreram greve este ano e todas elas saíram vitoriosas pelo menos em parte, além das federais, além de uma série de outros movimentos. Então é necessário, é imprescindível, é urgente que a gente passe a uma posição mais agressiva em relação ao governo nesta reivindicação, na exigência de que ele cumpra a lei, na exigência de que Ratinho pague o que nos deve na data-base”, argumentou.

Em seu discurso na audiência, Calil lembrou o tema da privatização e falou sobre a importância de apoiar as escolas do estado, além de ocupar todos os espaços em conjunto. “As universidades também são vítimas da terceirização, também são vítimas da LGU [Lei Geral das Universidades]”, reforçou.